quinta-feira, 28 de abril de 2011

Tarja Preta

Minhas mãos foram melhores amantes quando você se foi.
Deixando o corpo vazio.
Copo cheio de mágoas e marcas.
De cama, do medo, nem banho pra lavar a alma.
Rancores recordo, pois fizestes novelo com o meu coração.
No chão, molhada, querendo as tuas migalhas.
Calmamente despida, a alma se liberta de todo temor.
Tremor.
Chega de solidão por ontem.

quarta-feira, 13 de abril de 2011


Quanto é plausível, com dor, alcançar o anseio?
Não existe separação maior entre a perda e o dano.
E se o choro percebesse que seu motor é desabafar?
Nem a dor germinaria sem arrogância de existir.
Natural: o apego é a trepada da carência com a admiração.
Porém o filho dessa trombada sempre nasce finado.
Não nascemos prontos para perder amores intensos.
Não seremos sepultados em caixão de casal.
Dure o tempo que for, a vida tem mais o que fazer.

CAIO SÓH
Compartilhando um pedaço de mim, dividindo todo bem que sinto.

sábado, 9 de abril de 2011

Poucas palavras

Hoje não tenho muito o que dizer.
Só que, me aproximar de você, me faz bem.
E fogem as palavras.
E fazem-se as lágrimas descontroladas, sob o meu rosto feliz em te ter.
São poucos os que fazem bem ao nosso coração,  imensurável  bem.
Traz consigo a esperança de viver em canções, em poesias.
Deixando pra trás toda e qualquer agonia, que saudade não quero mais.
Quero mais você aqui, me desconcertando.
Repousando no teu ombro, com meu calor desordenado.
É só a minha felicidade, ao encontrar a própria liberdade.