domingo, 24 de julho de 2011

"Tomorrow I'll miss you"

Eu lamento te perder de vista, sweetie.
Lamento que você desconheça a delícia de viver.
Me entristeço ao vê-la afogando-se em mágoas, desamores e álcool.
[...] E você caminha pra longe, sem saída, sem que eu possa fazer nada.
Eu gostaria de desafiar toda obviedade do fim trágico.
No entanto, você questionou a vida com loucuras, rock in roll, com desconfiança.
Gritastes as angustias e dores com uma voz genuína, digna.
Eu posso ouvir cada murmúrio, eu posso sentir a tua voz rouca tocando as folhas.
E choro. Choro minhas inspirações...
como fonte inacabada de amor, que transborda de gosto teu.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Janela Secreta - "Confuse!"

Ela achou a minha janela secreta.
Ah, desculpa. Eu sou Mort Rainey, muito prazer.
Continuando...
Ela achou a minha janela secreta.
O meu jardim secreto. Onde, de agora em diante eu guardarei todos os meus mais sórdidos segredos e rancores.
Me provoca usando o meu roupão velho e rasgado.
Ela roubou todo o meu amor. Só me deixou vícios, insonia, raiva.
E o pobre Chico, nosso cachorro cego.
Enlouquecendo, adormecendo enquanto a hora passa, e ela vive feliz sua nova história de amor.
Queria matá-la. Ela e esse maldito desgraçado.
Como se não bastasse o meu divórcio. A minha história foi roubada, a minha janela secreta, estou sendo acusado de roubar a minha história.
Esse bicho grilo tem me atormentado. Ora ele, ora a Amy.
Estou enlouquecendo? não, não estou. Eles estão.
Eu quero mais é comer doritos, e fumar. Eu quero mais é fumar, vou fumar até fazer bico!
Só preciso provar que a minha história é minha, e depois tirar um cochilo... um cochilo...


(Horas depois...)
Mas que droga é essa? o desgraçado rouba minha história e mata o meu cachorro!
Vai me pagar por isso!
Eu tinha tudo em perfeito equilíbrio. Uma linda casa, um cachorro cego (quase tudo perfeito!), uma mulher encantadora, e um livro com a minha história. E agora? o que me sobrou?
Essa não é a minha bela casa, essa não é a minha bela mulher. Não mais.
Matei um espelho. E a porta do box.

Ele matou o dedetive, ele colocou fogo na minha bela casa, ele matou os amigos da vizinhança.
Estou pálido, obrigado!
Estou confuso. O quê?


(Você ignorou meia dúzia de detalhes... )
Isso não faz sentido.
(Ligue para a polícia, confesse tudo, antes que você mate mais alguem...)
Eu não matei ninguém, me deixe sozinho.
(Você está sozinho...)
Casa revirada, meus escritos jogados no chão e a desgraçada da Amy chamando por mim.
Eu estou aqui, Amy. Eu sou um fazendeiro do Mississipi e você não deveria estar aqui. Perdi a cabeça, tomei uma garrafa de whisky e sou um homem traído. Você entende o que eu quero dizer?
(Atira nela... atira nela)
Ligou para o número errado, dona. Não há nenhum Mort aqui. Ele se matou.
Nada disso foi idéia minha, dona. Foi idéia de Mort Rainey.
(Socorrooo! Você é Mort Rainey...)
"Garanto que com o tempo a morte dela será um mistério, até para mim".

Foto: John - Filme Janela Secreta

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Amor e Afago.

Depois da dor, o medo.
Depois do sofrer, as armaduras.
Aspereza, rigidez.
Calor sentimental escasso. E quase ninguém pra te acalmar o coração.
Eis que os encontros da vida nos põe entre vírgulas, com tantas boas surpresas.
E o amor me provoca, controla meus atos, me ama.
Minha imperiosa vontade de amar, faz de ti meu rei, meu lar.
Eu me rendo, sem rimar. Quero permanecer amando o meu amor e só.