sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A Própria natureza

Eu vejo por aí...
As pessoas incentivando os cuidados com o meio ambiente, a natureza.
muitos pedidos de "Não polua os rios, não jogue lixo nas ruas".
Ótimo... mas e quanto a sua própria natureza?  você tem preservado?
Desculpa a intromissão, a sinceridade... É que preocupa-se demais com todo resto, antes de mudar e preservar o que está ali, mais próximo.
Você usa salto alto porque suas amigas usam, não é da sua natureza, mas você usa, machuca seus pés a troco de não se sentir fora do grupo.
Vale a pena se sentir fora de si mesmo?
Você casou porque era o sonho da sua mãe.
Você assiste o jogo do Palmeiras com ele, mesmo odiando, pra não incomodá-lo.
Você escova o cabelo porque crespo e ondulado está fora de moda.
Você cursa administração porque o seu pai tanto quis.  Você deixou pra lá o sonho de se tornar comissária de bordo.
Você não suporta mais o rumo que o seu país está tomando e vota em branco, pra não fazer diferença, afinal "tanto faz, todos são corruptos".
Você não come carboidrato porque seu maridão é personal, e comer carboidrato é inadmissível.
Você o traiu porque sua prima disse que ele estava sendo ausente.


Não se torne executivo se não gosta de lidar com negócios.
Não troque o seu pôr do sol pra assistir O sexto sentido na rede globo, alegando falta de opção.
Não venda o que você não compraria só por dinheiro.
Não coma comida francesa porque é chique se você não gosta.


Respeite a sua natureza.
Não devaste, não polua a si mesmo.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Estranha bem-vinda

...Ela é estranha, esquisita.
Eu gosto.
Engraçado, acha que passa despercebida...
Mulher de um homem só, sem solidão, nunca será só mais uma.
Me fascina a simplicidade do teu ser, o falar com o coração.
Doce, o que sinto, o perfume que exala.
Rosa vermelha, muda de cor quando eu chego mais perto.
Essa timidez me encantou e bastou cantar, pra eu querer ficar.
Ela é a sensibilidade de quem traz amor.
As mãos maternais, me cuidam, no toque...
Ah, teu colo.
– Mulher, por onde andaste todo esse tempo?
– Eu escolhi ser invisível, você escolheu me sentir. Ninguém é perfeito.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Eu (por eles).


Eu sou doida porque cuido.
Eu sou doida porque eu gosto de natureza (me relaciono bem com mato e bicho, mesmo!).
Eu sou doida porque eu amo ler.
Eu sou doida porque não frequento as festas onde os "gatos malhados" estão "caçando".
Eu sou doida porque acho boate lugar de gente triste (sim! tá todo mundo querendo desabafar).
Eu sou doida porque eu não fico com 11 caras numa noite.
Eu sou doida porque eu amo, eu sinto.
Eu sou doida porque eu acredito no bem.
Eu sou doida porque eu confio.
Eu sou doda porque eu sou vegetariana
Eu sou doida porque eu falo a verdade.
Eu sou doida porque eu gosto de filmes antigos.
Eu sou doida porque já tive uma lagartixa de estimação (mais carinhosa que muita gente por aí!).
Eu sou doida porque eu sou sincera.(para que serve isso nos dias atuais, não é mesmo?).
Eu sou doida porque eu gosto de desenho animado.
Eu sou doida porque eu torço pra Seleção Argentina.
Eu sou doida porque eu ouço música de gente velha.
Eu sou doida porque eu gosto da minha casa, e me sinto bem nela.
Eu sou doida porque saio pouco, só por bons motivos.
Eu sou doida porque eu não bebo pra dizer na cara o que eu penso.
Eu sou doida porque eu não gosto de carnaval.
Eu sou doida porque defendo meus ideais.
Eu sou doida porque tenho poucos amigos e não sou popular.
Eu sou doida porque  aproveito até a solidão pra refletir.
Eu sou doida porque gosto do silêncio.
Eu sou doida porque não vou à festas semi-nua.
Eu sou doida porque tenho buracos na orelha.
Eu sou doida porque prefiro bibliotecas a shopping center.
Eu sou doida porque eu gosto da noite.
Eu sou doida porque eu sonho.
Eu sou doida porque eu cedo o lugar para os mais velhos.
Eu sou doida porque elogio outras mulheres.
Eu sou doida porque não penteio o cabelo.
Eu sou doida por tanta coisa, que não cabe aqui...
Ah, não vai se identificar com uma doida, ein?

"Vivo em um mundo que não merece minha lucidez..."
Robert Nesta Marley.